quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Aprendendo sobre a Canaricultura

A entrevista a seguir trata sobre a criação de canários, uma prática legal, mas que muitas pessoas desconhecem e fazem pré-julgamentos. O entrevistado é o presidente da Sociedade de Criadores de Canários de Pelotas (SCCP), Juvenal Martins, que este ano receberá uma homenagem pelos 50 anos como criador de canários. Na conversa com Juvenal, os temas abordados vão desde a legalidade da prática até dicas para quem deseja começar a criar canários.


Jornalimo Digital: Qual a denominação dada às pessoas que criam canários?

Juvenal Martins: Em geral, criador de canários é o termo mais usado. No entanto, o termo correto é canaricultor.

Jornalismo Digital: Por que as pessoas desenvolvem este hobby?

Juvenal Martins: Esta prática existe há cerca de 500 anos e começou com marinheiros, que em suas longas viagens tinham as aves como companhia. Com o passar dos anos, outras pessoas continuaram cultivando esta prática. Muita "gente" inicia este hobby pelo fato de gostar de animais e escolhem os canários por gostar do canto que cada espécie emite.

Jornalismo Digital: Em relação à legalidade desta prática, o que o senhor tem a nos dizer?

Juvenal Martins: Muitas pessoas fazem confusão com relação a legalidade desta prática. Este tipo de canário, que é popularmente conhecido por "Canário Belga", somente é encontrado em âmbito doméstico. Este tipo de ave não conseguiria mais sobreviver na natureza, pois após longos anos criados em cativeiro, elas perderam totalmente a condição de buscar alimentação. No entanto, é importantíssimo ressaltar, que as pessoas que pretendem começar a criar canários não podem confudir Canários Belgas com estes que encontramos na natureza, que são conhecidos como Canários Silvestres. Estes sim, se encontrados mantidos em cativeiro considera-se crime ambiental.

Jornalismo Digital: Existe alguma entidade no Brasil que reúna criadores de canários?

Juvenal Martins: Existe sim. Na verdade, existem várias entidades deste tipo no Brasil, porém a mais importante é a Federação Ornitológica do Brasil (FOB), que trata dos assuntos relacionados à canários em âmbito nacional. No Rio Grande do Sul existe a Federação Ornitológica Gaúcha (FOG), que exerce a mesma função da FOB, só que no âmbito estudual. Já em Pelotas, nós temos a Sociedade de Criadores de Canários de Pelotas (SCCP), que foi fundada em 18 de junho de 1933.


Jornalismo Digital: Quanto à parte comercial, existem exposições em Pelotas?

Juvenal Martins: Sim, não só em Pelotas como também no Rio Grande do Sul e no Brasil. Em Pelotas o encontro acontece no mês de maio. Já os encontros estaduais e brasileiros acontecem em junho e julho, respectivamente. Nestes encontros são realizados os campeonatos, nos quais são premiados os melhores canários.

Jornalismo Digital: Qual a dica que o senhor dá para quem deseja iniciar esta prática?

Juvenal Martins: É preciso muita dedicação e, principalmente, gostar bastante de canários, pois para se tornar um grande criador é necessário tempo e muito estudo. Buscar informações com outros criadores é fundamental para quem está iniciando e para quem tiver interesse basta procurar a SCCP, que fica na rua Marcílio Dias, nº 1143, lá o interessado vai encontrar pessoas que terão o maior prazer de ajudar com esses primeiros passos.

Família Martins: Juvenal, Sheila e Paulo. Pai, mãe e filho, todos envolvidos com a canaricultura.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Equívoco de Marta Suplicy revolta blogueiros

Após notificar o blog "Twit Brasil", a candidata ao Senado reconhece o erro e garante que irá retirar a ação contra o blog

A candidata ao senado, Marta Suplicy, após mover uma ação judicial contra o blog ''Twit Brasil", reconheceu o erro e declarou em seu perfil no Twitter que vai retirar a ação e apurar o que aconteceu. No entanto, nenhum pedido de desculpas foi apresentado ao blog ou à jornalista Raquel Camargo, uma das responsáveis pela manutenção do blog na internet e que teve a notificação em seu nome.

Segundo post publicado no próprio Twit Brasil, o inferno começou no dia 19 de agosto, quando receberam a notificação, que pedia a retirada de um perfil falso da candidata. Indignada com a situação, Raquel procurou a assessoria da campanha de Marta Suplicy, alegando que o blog em nada tem haver com o Twitter Inc., portanto não poderia ser responsabilizado por qualquer motivo referente ao mesmo. A assessoria da candidata apurou os fatos e no mesmo dia, Marta Suplicy se retratou.

No entanto, a angústia dos blogueiros responsáveis pela manutenção do Twit Brasil (Raquel conta com o apoio de dois amigos) não havia tido fim ainda. Segundo o que publicou no blog, eles não tinham nada de oficial ainda. "Para nós três, blogueiros que estavámos com o nome na reta, o desespero continuava, uma vez que dependeríamos agora da resposta do juiz. Esse tweet foi a única resposta que obtivemos da equipe da Marta Suplicy. Chegamos a pedir mais informações, pois não sabíamos se deveríamos, por exemplo, mesmo assim responder à intimação, ou como proceder para fazer essa resposta. Nos deixaram no escuro..." .

O alívio só veio no dia 25 de agosto, seis dias após a notificação ter chegado às mãos de Raquel. Segundo declaração dada pela blogueira ao G1, essa é a segunda vez que isso acontece. Em 2008, a então candidata à Prefeitura de Fortaleza (CE) pelo PT, Luizianne Lins, abriu um processo contra ela, acreditando que ela fosse a representante brasileira da rede.

A assessoria da campanha de Marta Suplicy, em declação ao G1, alega que o erro não teria sido deles e sim de uma empresa de consultoria especializada em assuntos sobre a internet. Antes de proporem a ação contra o blog, o departamento jurídico da empresa que cuida da campanha eleitoral de Marta teria recorrido à empresa de consultoria, que citou o Twit Brasil como sendo o representante brasileiro do Twitter.

domingo, 5 de setembro de 2010

Usos Jornalísticos do Twitter

Ferramenta se popularizou tanto que muitas empresas de comunicação a utilizam para transmitir informações.

O Twitter é uma rede social que cresceu muito desde sua criação, em 2006. O uso desta ferramenta revolucionou os hábitos de muitos usuários da internet, inclusive dos meios de comunicação de massa, que começaram a criar perfis nesta rede para alcançar um número maior de pessoas.

Com 140 caracteres para digitar, usar o twitter jornalísticamente seria impossível, certo? Errado. Os usuários costumam criar um link que direciona a outros assuntos que queiram tornar públicos. Revistas, jornais, emissoras de televisão e etc viram nessa prática a chance de potencializar o acesso, de conteúdos produzidos por eles, por parte dos usuários do Twitter.

A combinação jornalismo/Twitter é importante, pois contribui amplamente no processo de comunicação, facilitando e agilizando o mesmo de tal forma que se torna possível ter acesso a diversas informações apenas com um clique. Por exemplo, a revista Época, que possui um perfil no Twitter, posta diariamente links de notícias que remetem o usuário diretamente para a reportagem completa referente ao clique. Ao fazer isso, a pessoa é encaminhada diretamente para o site da revista, no qual estão diversas outras notícias.

Logicamente que nesta questão existem os dois lados da moeda, assim como se potencializam as notícias relevantes, os lixos eletrônicos também ganham força. Muitos perfis se utilizam desta forma de informar, para fazer um falso jornalismo. Ao postarem apenas o que seria a manchete da notícia, muitos usuários clicam no link disponível e são direcionados a sites publicitários ou que em nada tem haver com o que foi "twittado".

O Twitter, ao meu ver, é a rede social mais dinâmica da atualidade e por isso a combinação desta ferramenta com o jornalismo é extremamente proveitosa, pois o jornalismo precisa ser dinâmico para ser jornalismo, senão torna-se história.

Neutralidade da Rede: O Muro de Berlim Invertido

Empresas norte-americanas tentam liquidar com a liberdade das pessoas de terem acesso à internet.

A queda do Muro de Berlim é considerado um marco na conquista dos direitos civis. A partir disso, faço uma análise com relação à discussão, que esquentou bastante no ínicio do mês passado, sobre o fim da neutralidade na rede. Vejo uma situação inversa a que aconteceu na Alemanha, entre 1961 e 1989, quando a queda do muro era algo esperado e desejado por todos. Hoje o muro é outro, é uma barreira que impede que grandes corporações dominem a internet, impossibilita que provedores imponham o que o usuário da internet terá acesso.

A discussão ferveu mesmo foi nos Estados Unidos, quando o Google e a Verizon, um dos maiores provedores americanos de banda larga, lançaram uma proposta de lei que beneficiava apenas o seu lado, na qual dizia defender os princípios da neutralidade na rede, mas que medidas deveriam ser tomadas para regularizar os dados que trafegam na rede. Com isso, ficaria nas mãos dos provedores de banda larga quais dados, como e a quem eles seriam disponíveis. Por trás de uma proposta cheia de termos técnicos, Google e Verizon mascaram o seu verdadeiro interesse: O monopólio deste mercado, que é considerado o futuro da comunicação.

O mais complicado em torno desta questão é o fato de que o assunto é pouco difundido em grandes meios de comunicação e por isso, a maioria do público usuário da internet fica alienado quanto ao futuro de um direito conquistado desde o início da "Era da Informática". Outro fator que dificulta o acesso a esta discussão é a confusão feita pelos próprios especialistas no assunto. As informações muitas vezes são ambíguas e/ou cheias de termos técnicos, inviabilizando o entendimento por parte do grande público.

A verdade é que não podemos nos abster dessa discussão pelo fato do centro dela estar sendo discutido nos EUA, pois se este projeto for aprovado na "Sede do Mundo" irá influenciar na decisão de outros países, inclusive o Brasil. Aquela velha máxima de que "a corda arrebenta sempre do lado mais fraco" deixa muita gente, inclusive eu, sem esperança sobre a continuidade da neutralidade na rede. Acredito que seja uma questão de tempo para liquidarem de vez com a liberdade dos usuários da rede.

Muitos interessados sobre o assunto, comentam sobre o surgimento de uma rede "pirata", alternativa ao sistema capistalista imposto por empresas como Google e Verizon. Porém, tentem imaginar as nossas vidas sem os serviços do Google Search, sem o acesso ao Youtube, Twitter e outros sites de relacionamento. A vida se tornaria bem mais complicada e bem menos divertida e digo isso pensando em uma simples pesquisa sobre o assunto tratado neste post. Fico me imaginando tendo de ir à uma biblioteca buscar informações sobre neutralidade na rede. Não combina comigo, que acabei me acostumando com os moldes sedentários impostos pelo fácil acesso a informação, oferecidos pela a oitava maravilha do mundo: A Internet.

Para aqueles que acreditam no surgimento de uma rede "pirata", comecem a coletar o maior números de dados possíveis da rede que nós temos hoje, para que amanhã possamos oferecer à população mundial o mesmo direito que temos nos dias atuais, o acesso ilimitado a informação, sem restrições de qualquer tipo. Fica a dica.

(Texto Opinativo)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Semana Acadêmica será realizada este mês

Ao contrário de edições passadas, Semana Acadêmica acontece em Setembro.

A Semana Acadêmica de Comunicação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) surpreende na edição deste ano, não pela sua realização em si, mas pela data escolhida. Ao contrário de anos anteriores, o encontro será realizado de 13 à 17 de setembro, mais de um mês antes do que normalmente acontecia.

Oportunidade para que alunos e profissionais da aréa de comunicação apresentem seus projetos, a Semana Acadêmica é também um dos melhores momentos para que estudantes do curso de Comunicação Social adquiram horas extracurriculares, obrigatórias para a conclusão do curso.

Este ano o encontro conta com o apoio dos jornais institucionais da UCPel, como a "Folha da Princesa" e "O Pescador", jornais que fazem parte do projeto "Jornalismo Comunitário", sob a orientação do professor Jairo Sanguiné Jr.

A Semana Acadêmica deste ano acontece no Auditório e no Espaço Multiuso do Campus II da UCPel, nos turnos da tarde e da noite. As inscrições vão até o dia 13 de setembro, no Diretório Acadêmico da ECOS e os valores variam entre R$ 15,00 e R$ 30,00.